O advogado Edilson Xavier de Oliveira  divulgou uma nota à imprensa intitulada "Advogado pede providencias".  Nela o advogado e ex-vereador explica o motivo de sua indignação: "As  últimas edições do Jornal de Arcoverde e da Tribuna da Região trouxeram  novamente à tona o estado deplorável do Matadouro Municipal, inclusive  ilustradas com fotografias, comprovando à exaustão a degradação daquele  órgão que, por sua importância, deveria merecer especial atenção da  Prefeitura Municipal. 
Custa crer mesmo que Arcoverde, cidade de  porte médio não dê atenção a um órgão público que tem uma imprescindível  atuação ante toda a sociedade, até porque é naquele local onde são  abatidos os animais que fornecem a carne que alimenta a população. Mas é  lá também onde se vislumbra o triste espetáculo do mais completo  abandono. 
Entretanto, o mais estranho é a omissão dos  órgãos que têm o dever de fiscalizá-lo e não o fazem, não obstante  tenham sido provocados. Foi solicitado à OAB de Arcoverde e à ADAGRO  providências imediatas, e também se omitiram, bem como a classe política  e demais seguimentos sociais. 
Esquecem-se que se trata de assunto de  saúde pública. Mas se calam. Talvez cômoda essa estranha omissão. Por  que têm tanto medo de se pronunciar? Custa crer que a cidade é governada  por um médico, que se esquece de proporcionar dignas ao Matadouro  Municipal. Edilson Xavier de Oliveira – Advogado OAB-PE 9299 D."
O problema do matadouro foi discutido  recentemente durante reunião do CONSEMA - Conselho Estadual de Meio  Ambiente, que aconteceu em Arcoverde nos dias 26 e 27 de agosto, nas  dependências do Hotel Olho Dágua. 
O propósito do encontro foi avaliar os  impactos socioambientais identificados nas regiões dos Sertões do  Moxotó, Pajeú e Itaparica. 
No primeiro dia a reunião foi pública e  voltada para prefeituras, câmaras de vereadores, promotorias federais e  estaduais, organizações não governamentais, sociedade civil e  empresários. 
O Matadouro de Arcoverde além de contar com  uma estrutura precária, desobedece todas as normas sanitárias vigentes e  ameaça a saúde dos arcoverdenses. Por outro lado, os comerciantes do  mercado público também são vítimas da péssima estrutura dada pela  prefeitura de Arcoverde. 
O prefeito Zeca, como médico bem que  deveria esquecer um pouquinho a eleição estadual e se concentrar em  resolver os problemas da cidade que são muitos. Na reunião, a vice  prefeita de Arcoverde tentou defender o governo, dizendo que o município  comprou um carro para transporte da carne. 
O argumento não é convincente e nada tem  haver com o problema estrutural do matadouro, que também traz sérios  danos ambientais, por despejar os dejetos no leito do Riacho do Mel. O  Tribuna da Região entrou em contato com as instituições citadas na  matéria para ouvi-las, a respeito do caso do Matadouro Municipal.
Em conversa com o presidente da OAB, Dr.  Tércio Belarmino, o mesmo afirmou que a OAB se sensibiliza e cobra a  solução dos problemas que lhe são informados e que estará cobrando dos  responsáveis as soluções cabíveis. Já a gerente geral da ADAGRO, a  veterinária Erivânia Camelo disse a nossa redação que caberia ao próprio  município interditar o matadouro e resolver a questão dos dejetos para  que o leito do Riacho do Mel não seja poluído. 
"O problema do Matadouro e da poluição do  Riacho foram tratados na reunião do CONSEMA e a ADAGRO já tomou as  medidas cabíveis. Recebemos sim, um oficio do Dr. Edilson Xavier e  sabemos que a situação do Matadouro de Arcoverde é inaceitável.  Inclusive o Ministério Público já foi acionado e a ADAGRO emitiu um  laudo sobre o órgão" – explicou Erivânia Camelo. A prefeitura de  Arcoverde também foi procurada por nossa redação mas, até o fechamento  desta edição, não se manifestou.









