O trabalho conjunto entre a Gerência Estadual de Educação e organizações da sociedade civil para a realização da Semana da Consciência Negra em Arcoverde foi coroado de êxito. No período de 16 a 20 de novembro, aconteceram palestras, encontros de educadores, exposição fotográfica, exibições de vídeos e apresentações artísticas, tudo como um conjunto de ações, cujo objetivo maior foi despertar as pessoas para a importância da contribuição do povo negro para a formação da sociedade brasileira.
A programação foi aberta com palestra na Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde – AESA, acerca da implementação da Lei n. 10.639/03, que prevê o ensino da história e cultura afro-brasileiras nas escolas. Desse evento participaram como palestrantes membros do Ministério Público Estadual e da Polícia Militar, além de educadores. No dia seguinte, foi a vez de educadores se reunirem para relatar suas experiências no repasse desse conteúdo.
Durante toda a semana caravanas de estudantes foram ao museu do Coco, mantido pelas Irmãs Lopes, onde receberam preciosas informações sobre a história do Samba de Coco na nossa cidade. Na ocasião, Dona Severina Lopes, líder do grupo, respondeu a questionamentos dos alunos, os quais interagiram com a palestrante cantando, tocando e dançando o autêntico Samba de Coco.
No Ponto de Cultura Orquestra Sertão, os estudantes puderam apreciar uma bela exposição de fotografia sobre motivos da cultura negra e assistir a vídeos sobre manifestações artísticas e religiosas de matriz africana.
O fechamento do evento foi no Dia da Consciência Negra, 20/11, que, logo pela manhã, contou com a realização da I Marcha Zumbi dos Palmares, na qual centenas de pessoas ladeadas por grupos culturais da cidade seguiram da Praça Kennedy até o Largo de CECORA, onde, após a distribuição de delicioso mungunzá, o evento dispersou-se.
À tarde e noite, a programação se deslocou para a Praça da Bandeira, onde o Centro Integrado de Cultura e Arte – CINA montou um cenário belíssimo, por onde desfilaram grupos culturais de escolas de Arcoverde e Região, além de artistas locais.
Naquele palco se apresentaram representações de estudantes (dança, música e poesia), que foram seguidos pelo Samba de Coco da Malhada e Maracatu Sinhá, ambos da Fundação Terra.
Na seqüência, os integrantes do Coletivo Cultural de Arcoverde celebraram um ano de fundação, fazendo relato de suas atividades e apresentação de projetos futuros. Depois, o Coletivo prestou homenagem ao Mestre Ivo Lopes, com a apresentação de vídeo sobre a trajetória do brincante e a entrega de placa comemorativa aos seguidores de sua arte – os integrantes do Samba de Coco das Irmãs Lopes, que, em seguida, fizeram bela apresentação.
A Orquestra Sertão subiu ao palco, para fazer empolgada performance, como forma de louvar o aniversário de doze anos da Associação Cultural Urucungo, da qual se originou o grupo.
Após esse momento, o representante da ARHCA fez empolgado pronunciamento, ressaltando o espírito guerreiro do povo negro e chamando atenção do público para os malefícios advindos da negação da própria raça por determinados negros, que tentam mascarar suas características físicas.
Logo em seguida à presença do artista Leandro Vaz, foi a vez de se apresentar o Samba de Coco Trupé do Mestre Cícero Gomes, que, como de costume, empolgou a todos e atendeu a diversos pedidos de “mais um ...”.
ARHCA, Associação Urucungo, Associação Aliança, CINA, COCAR, GRE – Arcoverde e Fundação Terra cumpriram brilhante papel na realização do evento, esperando-se que venham a promover muitas outras iniciativas desse quilate.
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