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24 de jun. de 2010

Brasil passa a produzir kit para diagnóstico de gripe H1N1

Brasil passa a produzir kit para diagnóstico de gripe H1N1
O kit nacional para diagnóstico da doença é 55% mais barato, seguro, e pode descobrir um caso em metade do tempo dos kits importados
O Brasil agora não depende mais de tecnologia estrangeira para diagnosticar pacientes com suspeita de gripe H1N1. O kit nacional para diagnóstico da doença é 55% mais barato, seguro, e pode descobrir um caso em metade do tempo dos kits importados. O lançamento do produto foi feito, nesta quarta-feira (23), pelo Ministério da Saúde (MS). 
Antes os kits de diagnóstico precisavam ser importados de países como Alemanha, França e Estados Unidos. “Com esse projeto, o Brasil sai à frente na qualificação do diagnóstico de gripe H1N1. É uma tecnologia superior e mais segura que poderá, inclusive, ser exportada futuramente a outros países”, afirmou o ministro José Gomes Temporão. 
Os kits serão fabricados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Laboratório de Bio-Manguinhos e do Instituto Carlos Chagas, em parceria com os institutos paranaenses de biologia molecular (IBMP) e de tecnologia (Tecpar). O primeiro lote, com 30 mil testes nacionais, será distribuído para a Fiocruz (RJ), o Instituto Evandro Chagas (PA), o Instituto Adolfo Lutz (SP) e três laboratórios públicos no Distrito Federal, Paraná e na Bahia – únicas instituições que realizam o diagnóstico do vírus Influenza A (H1N1) no País. Serão 80 mil novos kits por mês, o suficiente para atender toda demanda nacional. 
Os primeiros testes serão destinados a pacientes internados com suspeita da doença. O exame é indicado também para surtos em comunidades e investigação de mortes. A meta é fabricar 80 mil testes por mês para suprir a demanda nacional. 
De acordo com o MS, o teste nacional é mais barato, mais rápido e confiável. O kit deve sair por R$ 45 – no mínimo, metade do preço pago pelo governo ao teste importado. Outra novidade é a redução no tempo para a análise da amostra – que vai passar de oito para quatro horas.
A tecnologia ajudará o País no desenvolvimento de testes rápidos para outras doenças, como dengue, malária e tuberculose. O teste nacional está disponível somente para a rede pública. Não há expectativa para fornecimento aos laboratórios privados.

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